A Batalha de Escobar #Parte 2


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Já se passavam mais de uma hora da partida da comitiva rumo ao acampamento fortificado. Mith Do alto do único cavalo restante seguia na frente embalando com velocidade o caminho dos refugiados.

Um nó em sua garganta prendeu-se. Sentiu o gosto da bílis na boca, arrependido estava com a idéia fixa de retornar, talvez com três dúzias de cavaleiros, ou talvez 5 dúzias. 

Não podia seguir aquela ordem insana, irreal.

 

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Ainda lhe restava bastante tempo para voar.

Os refugiados já ao longe não poda mais vê-los.

 

O comboio do inferno iniciou novamente sua caminhada, ainda alguns rostos virados ao ar. Inutilmente, nuvens espessas e restos da floresta pelo ar, cobertura perfeita. Novo rasante percorreu quilômetros em segundos, uma queda vertiginosa em espiral pára a morte.

Mais uma vez me encontrei com o flanco despreparado, escudo colado ao peito espada dançando a meia altura, gigantes se contorcendo, ossos sendo esmagados pela dureza magia do Grifo incrível. Movimentos fluidos eram executados automaticamente por sua espada, já não sentia a resistência de armaduras nem da carne imunda sendo cortada e lançada ao ar.

 

Sem medo. Sem misericórdia.

Turbulência, ocasionada por impactos se seguiam, outra vala na frota inimiga estava criada, talvez 4 dúzias a menos, estava feliz, esta completo, fugitivos a esta altura já estavam a distância segura. Tentou partir em subida, Suor nos olhos marejados de tanta impureza no ar.

Luz no meio da escuridão. Grifo destruído, arrancado do lombo da estatueta incrível. Arremessado ao encontro do solo molhado pela chuva recente da época. Lama e sujeira, imóvel por dois ou três segundos mantive-me.

Estava à mercê da fúria de milhares agora. Não iria padecer sem lutar. Soergui em meio segundo, todo o peso da minha armadura parecia ter sumido em um instante.

 

Um silêncio sepulcral abateu o lugar. Só a chuva fazia a sonorização, plano de fundo. Céu brilhante, trovões pintavam uma cena perfeita para uma morte honrada.

 

Sem Medo. Sem Piedade. – pensou, falou em voz baixa, disfarçada por um estrondo ao fundo.

Foram os segundos mais longos de uma vida. Armadura sólida, pronta para receber todos e quaisquer castigos infernais. Um movimento lento e simples, escudo à frente espada marcando o horizonte, respingava as gotas grossas de chuva que esbarravam na lamina.

 

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Menos de trinta metros separavam Escobar da Horda incandescida.

Uma rápida prece percorreu o silêncio fulgural do ambiente. Uma luz emergiu das frestas do elmo do Lorde. O poder de Khalmyr o ungia, o Deus da Justiça acompanhava os Justos e com Escobar não era diferente. Enterro as botas de aço no solo molhado.

Chuva. Vento. Nuvens clareando-se como vaga-lumes.

 

Uma Horda se destacou em fúria e grunhidos. A onda brutal percorrei a distância em instantes, lanças chegaram ao encontro de escudo robusto, uma duas, de quebraram com a força do impacto, outras vieram após, passando rente a face do cavaleiro que gingava como um menino a brincar entre as temíveis e venenosas armas. Ao todo eram sete lanças contadas, vindas do alto, dos lados de baixo. Sua armadura turrona resistente a tudo, Escobar fora forçado a recuar dois passos com a força da Horda.

- Minha vez – proclamou em voz alta e forte - salto a frente, desce a espada veloz como raio , salpicando a terra como o sangue dos infames monstros, - irrefreável- sacudia a lamina como fosse um graveto, velocidade, força precisão, braços e faces dilaceradas, não se segurou por nem um segundo.

Sem exitar. Em meio a esquivas impossíveis entre lanças e espadas, a gutoral voz de dor das Bestas da horda preenchiam o espaço. Escobar em rodopio jorrou o sangue podre de 4 criaturas com um golpe. Mais Bestas chegavam, Ogros eram os próximos, Goblins cavalgando Worongs vinham em seguida, Lorde das guerras sabia com lidar com situação como esta, única saída era continuar a defender e bater mais forte que nunca.

Goblins esmagados por montarias sem patas, Ogres sentiam a dor da lamina Rubi Sagrada. – sua espada e armadura  foram forjadas pelos melhores mestres anões do De Arton – um segundo Mao percebido, golpeado brutalmente foi depositado na lama como um boneco,  um Gigante que se destacava, uma clava que mais parecia um pilar, agora ao chão teve meio segundo para defesa, lanças e machados desciam como estrelas cadentes sobre seu corpo blindado – escudo travado, resistente como deveria ser, segurou os golpes mais duros, poucos outros chegaram ao seu corpo.

Moveu a espada contra as hastes das lanças, cortando-as junto com a mão dos seus portadores. A parede de carne corria com seu Pilar em mãos derrubando aliados como uma besta em fúria, um instante, um segundo, se encostou na linha da cintura do gigante, penetrando a lamina brilhante na altura das costelas, transgredindo ossos e órgãos, puxando a espada para a direita, despejando o interior da Monólito de Carne no chão. A arma grande demais para atingir em curta distância atingiu o chão em estrondo ecoado em silêncio repentino.

- Escobar, era único em pé entre dezenas de corpos, coberto de detritos e sangue, imóvel-

A Horda da Aliança negra dera um passo atrás. Recuaram por um instante por puro instinto de sobrevivência. A questão agora era quem se atreveria ser o primeiro. Ser derrotado era questão de tempo, mas quem seria o primeiro a bater no Sagrado Guerreiro.



(continua)

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