A Cor Azul...

Pigmento, produzido com pedra preciosa, já foi extremamente caro.

Claro que o azul existe desde sempre. Mas nem sempre a gente consegui produzir artificialmente esa cor. Vermelho, preto e branco dominavam quase todas as representações artisticas até o inicio da Idade Medía devido à facilidade com que as tintas podiam ser fabricadas. Já azul era dificil de ser obtido. Está certo que os egipcios conheciam um pigmento dessa cor há mais de 5 mil anos. Mas ela era misturado ao pigmento de uma pedra semipreciosa, o lapis-lazúli - (isso mesmo para quem conhece este nome do jogo Final Fantasy =p). 

Foi a dificuldade para chegar ao tom que fez com que os romanos durante a Antiguidade o associassem aos barbaros - até ter os olhos claros era sinonimo de barbárie.

No começo da Idade Média, o vermelho era a cor da nobreza, enquanto o azul era dois servos. Os tecidos eram tingidos de azul com o pigmento extraido de uma planta chamada ísatis, ou pastel de-tintureiro. Para conseguir a tinta, era necessario deixar a planta fermentando em xixi humano. Com o tempo perceberam que o álcool acelerava o processo  - por isso, tintureiros ingeriam bebidas alcóolicas com a deculpa de que o xixi ja sairia rico em álcool. A expressão em alemão blau werden, literalmente traduzida como "ficar azul", significa na alemnha "ficar bêbado".

No século 6, a técnica para obtenção do pigmento chamado azul-ultra-mar, feitas com lápis-lazúli, ganhou a Europa - A PEDRA, no entanto, chegou custar mais que o ouro. A decoberta do caminho marítimo para as Índias, no final do século 15, levou  para a Europa o pigmento conhecido como índigo indiano, obtido com uma planta oriental. A ultilização foi proibida - uma tentantiva de preservar o tom produzido na região com a ísatis - e dava até pena de morte.

O pigmento azul da prússia foi descoberto acidentalmente na Alemanha, numa experiência sobre oxidação do ferro, em 1704. Custava um décimo do preço da tinta feita a partir do lápis-lazúli e fez suceso entre os pintores da época. Da lá para cá, a indústria química evoluiu e possibilitou a obtençaõ de centenas de pigmentos mais baratos. Isso foi um fator crucial para o surgimento, no século 19, do impressionismo de artistas como Monet, que davam grande valor à cor. Mas, como muitos dos pigmentos desse período não possuíam uma boa permanência, varios quadros da época sofreram uma prematura descoloração.